quarta-feira, 23 de julho de 2008

Perdendo mercado

Os dias de monopólio financeiro do basquete estadounidense chegaram ao final. Dentro das quatro linhas, o basquete europeu e a Argentina já foram capazes de superar-los nas três últimas competições internacionais sendo 2 mundiais e 1 Jogos Olímpicos.

Entretanto, a NBA mantinha-se sólida perante os demais campeonatos mundiais. Mantinha! Pois a liga estadounidense, apesar de ser ainda a mais importante e rica liga de basquete do mundo, começa a sentir os efeitos da crise do país perante o basquetebol europeu.

Josh Childress do Atlanta Hawks trocou a equipe do estado da Geórgia e transferiu-se para o Olympiakos da Grécia. Em outro exemplo, o brasileiro Tiago Splitter foi induzido financeiramente a permanecer no basquetebol italiano ao acatar um contrato de rookie do San Antonio Spurs. Além desses dois há alguns outros embrólios que ligam franquias e clubes europeus, sobretudo, para aqueles de naturalidade em um dos países do bloco.

Isto é decorrente em grande parte pela valorização da moeda única européia perante o dólar americano que atualmente possui como cambio de 1,50. Se um jogador que recebe 20 milhões de dólares por 4 anos custará apenas 13,3 milhoes de euros a uma equipe européia pelo mesmo tempo de serviço. Algo ainda capaz dentro dos padrões europeus.

Childress percebeu isso e inicou-se a abertura de um novo mercado para jogadores da NBA. Franquias agora disputam com clubes da Europa pelos jogadores free-agent. Passou o tempo em que a Euroleague era lugar apenas para jogadores americanos em fim de carreira como Marcus Fizer e Marc Jackson ou para aqueles europeus que nunca obtiveram oportunidades nos EUA como Jasikevicius, Pepe Sanchez, Planinic e Macicjauskas.

Talvez seja a hora do comissário da NBA, David Stern, pensar seriamente em expandir a liga em termos globais. Sobretudo para Espanha, Itália e Grécia.

1 comentários:

Clovim disse...

Só uma errata... Tiago Splitter ficou no campeonato espanhol, e não italiano!!!!