quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sentidos opostos


Os brasileiros começaram a temporada 2008/09 rodeados de muitas especulações e espectativas. Nenê se tornou titular absoluto no Denver Nuggets; Anderson Varejão perdeu espaço com a chegada de Ben Wallace, que possui o mesmo estilo de jogo do brasileiro; e Leandrinho sofreu um duro golpe com a saída de Mike D´Antoni do comando técnico do Phoenix Suns. Tudo isso fez com que nós, brasileiros, parássemos para discutir o que poderia acontecer com cada um deles.

Leandrinho teve seu nome ligado a diversas trocas durante a pré-temporada, assim como Varejão. E realmente os dois não vêm mostrando o mesmo jogo que os firmou na NBA. Já Nenê, que era considerado um dos piores contratos da liga norte-americana, passou a jogar melhor e a ganhar a confiança dos torcedores.

Leandrinho, que outrora fora escolhido o melhor reserva da NBA, mantém médias discretíssimas de 8,8 pontos; 3,4 rebotes e 2 assistências por jogo, o que é muito pouco perto de suas antigas médias de 18,1 pontos, 2,7 rebotes e 4 assistências por jogo. Em contrapartida, o desempenho do time do Arizona cresceu muito, mostrando-se consistente defensivamente e com o mesmo poderio ofensivo, o Suns venceu 4 dos 5 primeiros jogos da equipe na temporada, batendo inclusive o time que mais o assustava até entao, o San Antonio Spurs.
Outro brasileiro que está em baixa é Anderson Varejão. Após a chegada do defensivo Ben Wallace (que nos últimos jogos pegou 27 rebotes, roubou 3 bolas e deu 2 tocos, mas não fez um ponto sequer) o brasileiro perdeu espaço e também viu suas médias caírem. Após o conturbado episódio de sua renovação contratual, o brasileiro destacou-se no ´´ultimo ano pelo grande número de rebotes que apanhou, mantendo médias de 8,3 rebotes por jogo, além de 6,7 pontos. Na atual temporada, após 5 partidas, the wild thing, como é chamado em Cleveland, mantém médias de apnas 5,2 pontos e 5,2 rebotes por jogo, vendo sua eficiência cair quase à metade de uma temporada para a outra. Seu time, todavia, também possui uma campanha positiva, com 3 vitórias e 2 derrotas, ocupando atualmente a quinta posição em sua conferência.

No caminho oposto surge Nenê. Após enfrentar um câncer testicular, o ex-jogador do Vasco viu seu maior adversário na disputa pela vaga de titular ser doado ao Clippers e ficou com o caminho aberto para mostrar seu talento. Muitos desconfiaram se este era o momento mais apropriado para dar tal chance à grande aposta da diretoria, pois não sabiam como este havia se recuperado de todo o tratamento que sofreu durante os últimos meses. Mas para a surpresa de muitos, Nenê vem sendo um dos maiores destaques de sua equipe, com médias de 15 pontos por jogo, 8,8 rebotes por jogo, 1,5 assistências por jogo, 1,3 roubadas de bola por jogo e 1,5 tocos por jogo, mesmo após um jogo ruim no início da temporada. Mas o mais impressionate é sua melhora nos arremessos da linha do lance-livre. Nas últimas temporadas a melhor média de aproveitamento do brasileiro foi de 68,9%, muito abaixo dos atuais 84,2%, considerada uma ótima média para jogadores da posição. Além disso, Nenê também melhorou seu aproveitamento de quadra, mantendo hoje 62,9% de acerto. Com toda essa evolução, era de se esperar que o Nuggets tivesse com uma boa campanha, mas até o momento a equipe do vascaíno possui apenas uma vitória em quatro jogos, ocupando a 12ª posição na conferência Oeste.

Os brasileiros vivem nesta temporada um momento turbulento, e que pode mudar muito os rumos de todos os jogadores do país que lá atuam, em especial Anderson Varejão, que terá seu contrato encerrado com o Cleveland ao final desta temporada. Resta saber o que acontecerá com os três durante o ano e esperar que consigam fortalecer o nome do Brasil na liga para abrir portas para outros jogadores do país que futuramente tentarão suas vagas através do Draft.

1 comentários:

Jones Mayrink disse...

Nene ta jogasndo muito mesmo
ontem contra os warriors foram 19pts,15rebotes,3tocos