quarta-feira, 29 de abril de 2009

A hora é essa


Caros amigos, muito tempo após o último texto, resolvi que era o momento de voltar a escrever. Estamos nos aproximando do final do mês de abril e com isso entraremos no bimestre mais importante do ano para o basquete nacional. Muitas coisas podem ocorrer, resta-nos torcer para que sejam coisas boas.

Para começar, o mais importante: dia 4 de maio teremos a tão aguardada eleição na CBB. Grego é nome fotíssimo, mas desta vez terá um adversário organizado e que realmente pode destroná-lo. Trata-se de Carlos Nunes, presidente da Federação do Rio Grande do Sul. O "oposicionista da situação" trabalhou com Grego em todas suas gestões, tendo renúnciado a seu cargo no ano que passou com a única intenção de concorrer às eleições para a presidência da Confederação. Pelo que se sabe, Nunes tem 13 Federações ao seu lado, faltando-lhe apenas um voto para acabar com a "Era Grego". Todavia, o atual presidente é pessoa bastante influente e política, e pode reverter alguns dos votos dados por Nunes como certos na última hora. A própria Federação Paulista, cujo prasidente também concorre ao posto, pode votar com Grego e ajudá-lo a tomar conta de nosso basquete por mais alguns anos. Resta-nos apenas aguardar e torcer para que o resultado das eleições e a política do novo/antigo presidente nos leve novamente ao primeiro time do basquete mundial.

Logo em seguida acompanharemos as semifinais de conferência da NBA, que tem dois brasileiros com reais chances de título. Na conferência Leste temos Varejão, titular do time com a melhor campanha durante a temporada regular e única equipe a ganhar sua primeira série em 4 jogos. O brasileiro tem demonstrado grande importância para o time, especialmente na defesa, e pode ser o primeiro jogador brasileiro a ganhar um título de conferência da mais forte liga de basquete do mundo coo titular. Outro jogador com possibilidades de brigar pelo título de sua conferência é Nenê, que também pode levar o prêmio de jogador que mais evoluiu na temporada. O brasileiro, que atua pelo Denver Nuggets, é titular e importantíssimo para a equipe tentar o título de sua conferência.
Muito ofuscada pelo incrível desempenho dos Lakers durante a temporada regular, os Nuggets entraram nos playoffs sem muita credibilidade, especialmente por seu histórico recente em series eliminatórias (o Muricy estava treinando eles também?). Todavia, o desempenho da equipe frente ao forte time de Nova Orleans fez com que todos passassem a comparar as equipes e até acreditar no título do Denver. O desempenho defensivo e a incrível diferença de 58 pontos aplicada no quarto jogo da série deixaram especialistas com grande esperança de ver a equipe frente ao time de Los Angeles.
Ainda falando sobre a NBA, desta vez um pouco mais para a frente, teremos o Draft no final do mês de junho. Temos este ano um grande número de brasileiros com chances de ingressar na liga, alguns mais, outros menos, mas a princípio, nenhum como escolha de primeira rodada. O nome mais forte do país (forte em todos os sentidos) é o de Paulo Prestes, ou simplesmente Paulão. O jovem pivô vem sendo observado por olheiros da NBA desde sua monstruosa participação no mundial sub-19 de 207. O jogador foi o cestinha e o reboteiro da competição, o que chamou a atenção de todos. Como já contratou um agente, é certo que não retirará mais seu nome da lista. Com isso, muitos apostam que será uma das 10 primeiras escolhas da segunda rodada do Draft.
Depois dele temos um outro pivô como esperança: Vitor Faverani. O jogador é considerado um jovem de enorme potencial e certamente seria escolhido na primeira rodada do draft não fossem seus problemas fora da quadra. Inconstante emocionalmente, o jogador oscila entre momentos de brilhantismo e de despreso pelo jogo. Se for escolhido, certamente seu foco na partida deverá mudar muito. Mesmo com muita desconfiança, durante os testes o jogador deve garantir uma escolha intermediária na segunda rodada.
Saindo da área pintada temos dois nomes que podem ser escolhidos. O primeiro deles atua nos EUA e é conhecido por sua capacidade de arremessar de qualquer lugar da quadra. Jonathan Tavernari, ainda universitário, foi convocado para a disputa do pré-olímpico mundial pela seleção brasileira. Seu desempenho chamou a atenção, mas talvez não o suficiente para garantir a ele uma escolha. Deve participar de alguns testes, ver como será sua aceitação e, caso perceba que não terá uma das escolhas, pode retirar seu nome da lista e voltar para o último ano no basquete universitário. Tudo dependerá de seu desempenho nos testes pré-draft.
Já sem grandes chances, mas ainda um prospecto, temos Douglas Nunes, jovem que atua no basquete espanhol. Apesar de não disputar uma das ligas principais, o jogador tem marcas expressivas e uma boa avaliação de alguns especialistas. Como este é seu ano do draft, não precisa colocar seu nome em listas para ser selecionado. Pode fazer alguns testes, mas dificilmente consegue ser escolhido antes das últimas 5 escolhas.
Tiago Negrizolli também pode colocar seu nome, mas provavelmente aguardará o próximo ano para participar da seleção.
E por falar em seleção, teremos no meio do ano uma competição importantíssima para as pretenssões do Brasil. A Copa América garante vagas para o Mndial, e um fracasso pode obliterar de vez as possibilidades de renascimento do basquete tupiniquim. O Brasil, que nunca ficou de fora de um torneio mundial pode contar com suas principais estrelas, motivadas pelo projeto do técnico espanhol Moncho Monsalve, o que tornaria a equipe uma das favoritas ao título da competição. Todavia, se os "americanos" não forem convocados, a vaga para o mundial estará em xeque, visto que a maioria dos jogadores selecionáveis tem pouca experiência ou não possuem qualidade suficiente para enfrentar as equipes de Porto Rico, Argentina, Canadá e especialmente os americanos, mesmo que estes levem apenas jogadores universitários para o torneio.
A cobertura total dos treinos vocês acompanharão aqui, no DunkOver, como sempre.
Mas quem vocês gostariam de ver por lá?
Nos digam qual vocês acham que devem ser os selecionados, quem sabe não temos uma surpresa em breve.

1 comentários:

Loschiavo disse...

Belo texto... to rezando pra que esse grego vagabundo saia logo, quanto ao draft meu palpite (otimista) e que o Paulao seja escolhido esse ano e o Vitor ano que vem quem sabe entrando junto com Spliter e Tavernari na NBA.Ja para a seleção da liga das americas eis meu elenco:
1Valtinho
2Marcelo Huertas
3 Nezinho
4 Marcelo Machado
5 Duda Machado
6 Leandro Barbosa
7 Alex
8 Tavernari
9 Giovanonni
10 Varejão
11 Marcio Dornelles
12 Nene
13 Paulao
14 Splitter
15 Baby