Ai, ai, ai ai...tá chegando a hora.

A Maratona já começou e este é o final que todos esperamos.

Muitos momentos eram esperados este ano, e muitos acontecerão num período de 1 mês. O primeiro é a decisão da classificação ou não do basquete feminino brasileiro para os Jogos Olímpicos.

O Brasil chegou como favorito a uma das vagas, e fazia jus ao favoritismo, primeiro com a fantástica e fácil vitória sobre a "fortíssima" seleção de Fiji. A vantagem de 80 pontos e o ótimo volume de jogo mostraram a força de nossa seleção. Depois disso, uma vitória para calar as donas da casa. Com muito menos facilidade, o Brasil derrotou a seleção espanhola e garantiu o primeiro lugar na chave, escapando da seleção de Cuba, que havia vencido a seleção canarinho no pré-olímpico das Américas, deixando a Espanha com a missão de bater as talentosas jogadoras da América Central. E elas fizeram sua parte, logo no começo do dia. Mais tarde, o Brasil enfrentaria a forte seleção da Bielorrússia, terceira melhor do Europeu. Começou mal, não dominava as ações como nos jogos anteriores, mas também não deixava as adversárias abrirem grande vantagem. No segundo tempo o Brasil passou a jogar melhor e dominar o placar. Faltando 7 segundos para o final, a vantagem era de 3 pontos para o Brasil e a vaga estava garantida, mas uma infantilidade colocou a jogadora adversária na linha de lances livres para 3 arremessos, o que empatou a partida. Foi ai que o time se entregou. Totalmente abatida, a seleção não teve força psicológica para jogar a prorrogação e perdeu a chance da vaga mais facilmente. Agora, terá que lutar. Provavelmente enfrentará a seleção de Cuba pela última vaga, mas sem sua jogadora mais técnica. Isso pode ser uma desvantagem, por enfraquecer técnicamente o time. Mas o psicológico das jogadoras pode ser muito bem trabalhado sobre isso e elas podem jogar o máximo para mostrar para Iziane que ela não era o centro do time e isso pode nos garantir a vaga. Em poucos dias saberemos qual foi o efeito "Izzy" sobre a seleção.

E logo após a definição da classificação ou não para as Olimpíadas, outra definição importante pode acontecer. No Domingo pode ser definido o campeão da mais importante liga de basquete do mundo. Com uma vantagem confortável, o Boston tem tudo para levar o título desta temporada da NBA, mas não pode esquecer que do outro lado estarão o MVP da temporada e o melhor jogador do mundo segundo a FIBA. E eles não venderão barato o título. Além disso, o time da Leste americano estará baleado, com muitos jogadores contundidos e jogando no sacrifício. Um duelo interessantíssimo, não só pelos jogadores que estarão em quadra, mas pela história dos times e também do país. Boston, maior campeão de todos os tempos e uma das maiores e mais tradicionais economias do país enfrentará Los Angeles, time que sempre o deu trabalho, mostrou nos últimos anos mais força, assim como a economia da Califórnia, quem vem crescendo assustadoramente e pode deixar o tradicional Nordeste americano para trás. Disputa interessantíssima, mas que pode ter um final antecipado neste Domingo. Vale a pena comprar pipoca, cerveja (ou guaraná, para os abstêmios como eu), pilhas novas para o controle-remoto e, para aqueles que têm um pouco mais de disponibilidade financeira, comprem uma TV de 60 polegadas, para ver todos os detalhes deste JOGAÇO.

Depois de definido o campeão deste ano, começará a movimentação para a próxima temporada. E o primeiro passo será dado daqui a 13 dias, no Draft. Chicago Bulls e Miami Heat terão as cobiçadas primeiras escolhas. E poderão fortalecer muito seus elencos para as próximas temporadas. Mas muitos outros times poderão dar tiros certeiros e garantir boas peças. Infelizmente esse ano nenhum brasileiro tem grandes chances de conseguir a vaga, mas surpresas podem acontecer nos picks finais. Marcus Vinícius é um dos jogadores que podem acabar aparecendo na lista. Nos resta aguardar e torcer para que nossos times façam boas escolhas.

Depois disso começará a festa no mercado da F.A., que deve ser muito movimentado este ano. Arenas, Brand, Kaman, Okafor e muitos outros serão disputados ferrenhamente por times de todo o país. Mas não serão apenas os F.A.s que movimentarão o mercado da offseason. Jogadores de peso podem trocar de time em busca de um título ou empurrados por suas franquias. Um dos nomes mais comentados, Carmelo Anthony, é um dos mais importantes jogadores da liga e, muito em breve, pode aparecer nas telas brasileiras vestindo a camisa de um time do Leste. O mercado será bastante interessante até Outubro e será acompanhado de perto pelo Dunkover.

Mas antes do fechamento do mercado, outra coisa importantíssima acontecerá para jogadores brasileiros. No início do próximo mês será disputado o pré-olímpico mundial de basquete masculino em Atenas, na Grécia. Com desfalques importantes, mas com uma motivação impressionante, o Brasil vai para a Grécia para derrubar favoritos. E da mesma forma que a seleção feminina era favorita e pode perder a vaga, a masculina pode derrubar favoritos e se classificar para os Jogos de Beijin. Tudo vai depender do trabalho tático e coletivo implantado por Moncho Monsalve. Até o momento, o espanhol vem animando os torcedores com um ótimo trabalho, inclusive ao mostrar para os jogadores da NBA que eles não podem fazer o que bem quiserem na seleção, como pretendia Anderson Varejão. Sim, ele ainda pode ser convocado, mas se tudo correr como esperado, não o será. A única chance de Varejão jogar as Olimpíadas é algum dos pivôs que forem para a Grécia se contundir, o que obrigaria Moncho a convocar um jogador para a posição. Mas espero sinceramente que o Wild Thing, como Varejão é chamado em Cleveland, não esteja torcendo por uma lesão de um colega de profissão. Mas certamente ele estará torcendo pela classificação do Brasil para os Jogos.

E depois de classificada, a seleção disputará com os melhores times do mundo uma medalha olímpica. Não será fácil. Adversários como EUA, Espanha, Rússia e Argentina estarão com seus times principais e a medalha de ouro deverá ficar com um deles. Mas quem sabe, em um momento histórico como em Indianápolis, o Brasil não consegue beliscar uma medalhinha de bronze. Torcer e acreditar não custa nada. Os jogos serão maravilhosos e serão acompanhados atentamente por nós, do Dunkover. Entrevistas exclusivas deverão ser postadas durante os jogos, com alguns dos jogadores, em caso de classificação.

Como puderam ver, as próximas semanas serão movimentadas, não perca um lance de tudo o que acontecerá aqui, no Dunkover.

Obrigado a todos e aproveitem a maratona de basquete que começa hoje e só terminará no final da próxima temporada.