sábado, 14 de junho de 2008

Deja-vu?


Em Pequim não restará nenhum.

Praga! Parece-me que minhas malditas palavras nesse blog acabou por criar um "oba-oba" nas jogadoras da seleção feminina de basquete que nesta sexta-feira perdeu para a Bielorússia (?) na prorrogação em partida decisiva pelo Pré-Olímpico de Basquete Feminino. Pior do que o tropeço foi a repercussão da atitude da jogadora Iziane que no último quarto recusou-se a jogar pela seleção após o técnico Paulo Bassul inseri-la na partida.

Creio que nesse momento deve ter passado pela cabeça de todos que acompanham o basquete, inclusive o técnico Paulo Bassul, aquela sensação de Deja-vu ou seja, aquela sensação de estar revivendo uma situação antes ocorrida. Lembrei imediatamente de Nezinho que teve a atitude idêntica perante o técnico Lula Ferreira pela seleção masculina e, ainda, em outro Pré-Olímpico.

Obviamente Nezinho não tem a mesma importância que Iziane para a seleção. Izzy, como é chamada na WNBA, trata-se de uma jogadora talentosa, com ótimo arremesso, bom controle de bola e muita velocidade além de uma estatura boa para uma armadora - posição 2.

A prova de sua habilidade como jogadora é notório nos jogos contra as Ilhas Fiji (?) a ótima seleção espanhola e mesmo contra a Bielorússia. Na partida contra a seleção da antiga União Soviética, Izzy marcou 12 dos 22 pontos do primeiro quarto da partida. No entanto, o técnico Paulo Bassul sacou a jogadora e passou a adotar um rodízio com jogadoras bem mais fracas técnicamente: Chuca e Karla.

Com motivos plausíveis Izzy se abateu com a atitude do técnico e talvez com a surpresa de ter adotado decisões tão incoerentes. Com Izzy fora de quadra o Brasil perdeu o rumo da partida e foi para o vestiário com uma desvantagem superior de 10 pontos. Ademais, ficamos zerados na primeira metade do segundo quarto.

Fazendo justiça, Chuca e Karla começaram a produzir e o Brasil voltou á partida apesar das decisoes e alterações no mínimo questionáveis, seja por mim ou pela Hortência (Sportv) e Janeth (ESPN Brasil). Somente a partir daí que Bassul voltou a pensar em Iziane. E quando isto fez foi tarde demais pois a jogadora se recusou a entrar na partida.

Sem ela o Brasil manteve o equilíbrio mas perdeu a partida na prorrogação muito em virtude pela ótima, porém tardia entrada de Francielle e na insistência nas pivôs Kelly, Grazy e Mama que com todo o respeito são muito fracas tecnicamente. Muito mesmo !!

Iziane, assim como Nezinho, teve uma atitude condenável em recusar-se entrar quando solicitada. Por mais estúpida e, nesse caso foram, as decisões do técnico, as palavras hierarquia, disciplina e subordinação devem ser respeitadas e, sobretudo, formar o caráter de um atleta profissional. No entanto, Izzy não pode ser responsabilizada pela derrota diante a Bielorússia mas sim o técnico Paulo Bassul que, infelizmente, apareceu mais que as jogadoras.

0 comentários: